The Writer's Cup: Por que escrever e futebol são almas gêmeas
Publicados: 2014-07-02Você viu a emocionante partida da Copa do Mundo entre Colômbia e Uruguai? Ou aquele entre Argentina e Suíça ontem? Você está fora de si para ver a Colômbia vencer o Brasil (minha previsão) nas quartas de final? Mal consigo respirar só de pensar nisso.
Foto de IsakFotografi
Existem razões pessoais pelas quais estou torcendo pela Colômbia, mesmo que eles tenham OS MELHORES MOVIMENTOS DE DANÇA. Mas enquanto palpitamos sobre o melhor evento esportivo do mundo em toda a história de toda a raça humana, vamos explorar os estranhos paralelos entre a Copa do Mundo e o que chamaremos de Copa do Escritor.
Temos Paixão
Dizer que os torcedores da Copa do Mundo são apaixonados é um eufemismo ridículo. Dizer que os jogadores da Copa do Mundo são apaixonados leva o mesmo eufemismo a novas profundidades. A paixão é inerente a este esporte e todos os que nele participam, direta ou indiretamente, experimentarão emoções que beiram a histeria em massa. Por que mais de 3 bilhões de pessoas tirariam uma folga do trabalho, ligariam “doentes”, perderiam as festas de cinco anos de seus próprios filhos (história verdadeira!), dirigiriam distâncias loucas para estar com completos e completos estranhos por horas a fio e cometeriam todo tipo de insanidades só para poder ver um grupo de caras chutar uma bola em um campo?
Dizer que os escritores são apaixonados é um eufemismo igualmente ridículo. O escritor sofre de uma necessidade quase biológica de contar histórias, de expressar as profundezas de sua alma, de expressar o inefável, o indizível, o inimaginável, de maneiras que tornem tudo isso acessível e relacionável ao leitor. Quem mais se levantaria antes do amanhecer e escreveria muito depois da meia-noite, pularia refeições, encontros, festas, às vezes chuveiros e outros elementos de uma existência humana normal (mas nunca a Copa do Mundo) apenas para preencher páginas - desculpe, telas de computador em branco — com sequências de palavras?
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A única diferença que vejo é que nem todos os leitores são tão apaixonados quanto seus colegas de futebol, os torcedores – e nós, escritores, precisamos trabalhar nisso. Mais paixão, gente! E não estou falando de romances.
sim. Talvez seja isso que nós escritores realmente precisamos. Imagine que você está lá fora naquele campo de futebol. Esqueça o café aconchegante com o pequeno assento na janela de canto pelo qual lutamos diariamente. Precisamos escrever para um estádio inteiro cheio de pessoas. Países inteiros de pessoas. Escreva como se você fosse James Rodriguez!
Temos Talento e Treinamento
Os mesmos requisitos exigidos aos melhores jogadores de futebol do mundo são solicitados aos melhores escritores do mundo. Você pode treinar toda a sua vida e se tornar tecnicamente proficiente, excelente até. Mas se você não tem talento verdadeiro, aquele “dom” místico e inerente que faz você brilhar por dentro e faz tudo parecer fácil, a técnica e a prática o levarão até certo ponto. Faço referência aos grandes jogadores de futebol do mundo, de Pelé e Eusébio a Messi e Rodríguez, ao lado dos grandes escritores do mundo, de Hemingway e GG Marquez a Munro e Allende.
Por outro lado, se você tem talento, mas não se preocupa em treinar, praticar, aperfeiçoar sua habilidade dada por Deus à perfeição, você não vai entrar naquele avião com as equipes da Copa do Mundo ou subir no palco com Alice Munro em breve. Até Mozart teve que praticar, e praticou, começando muito jovem.
O que você está fazendo ainda lendo este blog? Leva-te a um teclado!
O mundo é um palco
Todas aquelas horas de treino em um campo de futebol. Faça chuva ou faça sol. Nevoeiro ou sol escaldante. Eventualmente, você domina sua técnica, constrói força e resistência, seu foco se aguça, você marca aquele gol perfeito e de tirar o fôlego. Ou cinco.
Todas aquelas horas no teclado. Amanhecer ou anoitecer. Na doença ou na saúde. Eventualmente, você domina sua voz, constrói experiência e insight, sua expressão se aguça, você escreve aquele romance impressionante e de parar o coração. Ou cinco.
O palco se estende igualmente para o jogador de futebol e para o escritor: é o mundo inteiro. Essa é a sua Copa do Escritor.
Quando você vai sair e jogar?
PRÁTICA
Se você conseguir se afastar da tela da TV, concentre sua atenção nesta tela e dê um chute em um pequeno pedaço de um trabalho em andamento ou crie uma nova cena. E para se divertir um pouco com isso, veja se você pode trabalhar um jogo de bola em seu post.
E, como sempre, certifique-se de arbitrar as postagens de outras pessoas.